Morro da Cruz Circular
Objetivo do Projeto: ONG CIUPOA, juntamente com seus parceiros, realizou de forma participativa, intervenções que visaram transformar duas escolas municipais e um Centro de Tradições Gaúchas (CTG) localizados no Morro da Cruz, em hubs de economia circular e zero emissão, promovendo uma Prova de Conceito (PoC) sobre o potencial transformador da utilização de energias renováveis em territórios vulneráveis, combinando a utilização de tecnologia de ponta e trabalho socioambiental educativo.
Locais selecionados para receberem a infraestrutura:
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Escola Municipal de Educação Fundamental Morro da Cruz;
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Escola Municipal de Educação Fundamental Prof. Judith Macedo de Araújo;
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Centro de Tradições Gaúchas Gurizada Campeira.
Ao diminuir os focos irregulares de resíduos sólidos no território, promover e fortalecer as redes de participação e realizar oficinas de educação ambiental que possam ser replicadas, este projeto impactou a vida dos mais de 30 mil moradores do Morro da Cruz.
Objetivos específicos:
1 – Diminuir as emissões de GEE e a produção de resíduos orgânicos e sólidos de duas escolas municipais e um Centro de Tradições Gaúchas na região.
2 – Diminuir os focos irregulares de resíduos sólidos na região do Morro da Cruz como um todo.
3 – Promover a educação ambiental e a capacitação dos moradores acerca da reciclagem de resíduos urbanos, utilização e reparos de placas de energia solar para que se apropriem de forma autônoma das tecnologias e conceitos de sustentabilidade existentes.
4 – Coletar dados sobre a redução de emissões de GEE, de economia de energia e da redução dos focos irregulares de resíduos sólidos na região das escolas e do CTG para serem utilizados pelo EIE e outros repositórios de dados abertos, como baseline para demais regiões da cidade e em escala nacional e internacional.
5 – Fomentar a rede colaborativa da região, fortalecendo os vínculos entre os moradores, organizações de sociedade civil, escolas, setor privado e setor público.
Sobre a infraestrutura instalada: a instalação das placas fotovoltaicas e dos biodigestores deram suporte de infraestrutura necessária para a coleta de dados de emissões que serão alimentados ao EIE para efeitos de comparação com o estado atual de emissões da região.
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A instalação de placas solares também auxiliaram na redução de custos com energia.
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Escolas gastavam, em média, R$2.000,00 por mês em conta de luz. No primeiro mês após a instalação das placas fotovoltaicas, o custo caiu para R$ 220,00 e, após 90 dias, a conta de luz chegou à R$141,00.
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Os biodigestores ajudaram na redução das emissões dos GEE, pois haverá redução no envio de rejeitos orgânicos e resíduos recicláveis que geralmente vão para o aterro em Minas do Leão (outbound), que está localizada há 90km de Porto Alegre.
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Após a constatação do sucesso dos biodigestores nas duas escolas do Morro da Cruz, a prefeitura iniciou projeto para compra dos equipamentos para outras escolas da rede municipal. Atualmente, dez escolas contam com o biodigestor.
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Os biodigestores também contribuiram para a eficiência energética dos prédios com a produção de gás, trazendo redução de custo na operação das cozinhas, além de produzirem biofertilizantes, excelentes para o uso em hortas e pomares.